Rugas, A Casa, Éden, Memórias de um Homem de Pijama, O Inverno do Desenhador, O Tesouro do Cisne Negro, Os Trilhos do Acaso, O Farol e O Jogo Lúgubre, foram já muitos os títulos que lemos de Paco Roca, um dos nossos autores de banda desenhada de eleição com quem já estivemos por duas ocasiões e de quem temos excelentes autógrafos e recordações da sua simpatia. Paco Roca foi também um dos autores estrangeiros que nos ofereceu uma ilustração por ocasião dos nossos 25 anos e que estaremos sempre reconhecidos.
O anúncio desta obra sobre a qual falámos em Janeiro, encheu-nos de curiosidade. Meses depois a notícia da versão portuguesa trazida pela Ala dos Livros e mal tivemos o livro nas mãos, iniciámos a leitura de imediato com expectativas elevadas. Podemos dizer que as expectativas foram superadas porque estamos mesmo perante uma grande história, bem escrita e bem desenhada.
Desta vez não se trata de uma obra a solo de Paco Roca, uma vez que quem desenterrou o tema (e é mesmo de desenterrar que se trata) foi o jornalista Rodrigo Terrasa, que insistiu e não desistiu de trabalhar nesta obra em parceria com Roca.
A história, baseada em factos verídicos é escrita com uma enorme sensibilidade, a mesma que Paco Roca demonstra com os seus desenhos. Ao mesmo tempo Paco Roca oferece-nos pranchas e vinhetas em que consegue com originalidade dar ainda mais intensidade à narrativa, o que faz com que um tema tão triste e tão duro seja tratado com seriedade, mas também com ternura. Uma comovente viagem ao passado e às atrocidades e injustiças que se cometeram mesmo depois da Guerra Civil Espanhola ter terminado.
Meus amigos, estamos perante um livraço! E talvez fosse ainda mais perfeito se não fosse no formato panorâmico, de que não somos fãs. Ou então não e resulta mesmo assim. A verdade é que subiu ao nosso top 3 dos nossos livros preferidos de Paco Roca.
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