Não era logo de caras para estar no topo das nossas leituras, mas disseram-nos que era muito giro e valia e pena e vai daí, olhámos para o Unico e conquistou-nos logo com a capa. É certo que não é exactamente para a nossa faixa etária, mas já não é a primeira vez que lemos BD infantil ou juvenil e na nossa essência, no nascimento do Juvebêdê, um dos nossos objectivos era dar a conhecer a nona arte junto dos mais jovens (daí o "Juve" de juventude). Felizmente que nos últimos tempos, com esta explosão editorial de banda desenhada, também têm saído muito boas edições para iniciar os mais pequenos nesta arte que tanto nos apaixona.
Posto isto, lá nos lançámos na leitura do Unico, uma nova série mas com uma personagem criada nos anos 1970, por Osamu Tesuka, considerado como o pai da manga moderna. Juntou-se a ele Samuel Sattin e Gurihiru para criarem esta nova versão de Unico. O primeiro volume intitula-se "Despertar" e a edição é da chancela Distrito Manga.
E quem é o Unico? Na sinopse diz que é um jovem unicórnio, ao enfurecer a deusa Vénus, é banido dos Céus e as suas memórias são apagadas. Salvo pela amável Brisa do Oeste, Unico desperta num mundo desconhecido, onde faz amizade com Chloe, uma gata vigilante. Unico possui um poder especial que permite transformar animais em humanos durante um curto espaço de tempo e Chloe implora a Unico que a torne humana, para que possa defender-se de agressores. Mas um simples ato de bondade traz consequências imprevisíveis. E a deusa Vénus não perdoa! O tempo esgota-se, e Unico precisa de recuperar a memória para descobrir os seus verdadeiros poderes. Se o fizer, pode tornar-se um dos seres mais poderosos do universo.
Portanto estamos perante uma história de fantasia, com um protagonista fofinho, um unicórnio que visualmente é sempre bebé e que vem parar a um mundo mais actual, parecido com o nosso, onde faz amizade com dois gatos, outros animais e uma velhinha e presencia a crueldade de certos seres humanos. Porém, uma vez que Unico não se recorda quem é, o que é, nem que poderes tem, desconhece também o ódio que a deusa Vénus lhe tem e a vontade que tem de destrui-lo. Aos poucos, Unico vai-se apercebendo que consegue realizar alguns feitiços e proezas incríveis, tendo em conta o seu pequeno tamanho. Porém, o tempo está a esgotar-se e ele precisa de recuperar a sua memória para poder descobrir a sua origem e os seus verdadeiros poderes.
Unico é na verdade uma aventura de fantasia, através do tempo e do espaço, sobre o bem e o mal, sobre a força da amizade e solidariedade, sobre a ambição e o poder, sobre crueldade e compaixão. Tudo isto ilustrado e cheio de cor, com um estilo aproximado ao dos desenhos animados, com pranchas dinâmicas e diferentes, adequadas a cada fase da história.
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