Uma semana depois do seu encerramento, conseguimos finalmente ter um tempinho para falar sobre a 35.ª edição do Amadora BD. E o que dizer desta edição? Para começar, partilhamos aquela que é a opinião da maioria, que é o facto de se notar um esforço grande nos últimos anos, em melhorar a organização e isso vai-se verificando em inúmeros aspectos, principalmente ao nível da comunicação.
Este ano o programa foi uma vez mais muito preenchido e informado atempadamente. Foram muitos os autores presentes, muitos os lançamentos, muitas as conversas e tudo decorreu da melhor forma. Também é visível vermos novos visitantes, muitos jovens interessados em banda desenhada, a que muito se deve o fenómeno das redes sociais e dos chamados bookstagramers. A verdade é que nunca em tempo algum assistimos a tantas editoras a publicarem BD e a tanta oferta como vemos hoje e o difícil é mesmo escolher. Ora, todo este crescimento leva a outra questão. Os espaço actual é limitado e se o Amadora BD se mantiver no mesmo local, não tem margem por onde crescer e para acompanhar este boom na banda desenhada a que estamos a assistir.
E para crescer há ainda que limar muitas arestas, por exemplo, fora do núcleo central de exposições, por exemplo na Galeria Artur Bual não havia programas disponíveis e notámos uma diferença enorme na qualidade das exposições entre o primeiro andar e o r/c e isto não tem a ver com a qualidade do trabalho dos autores, mas sim a forma como as coisas estão expostas. (havemos de mostrar imagens noutra publicação).
Por falar em exposições e voltando ao núcleo central, como sempre estavam bem, sem haver nenhuma transcendente, destacando-se a dos 60 anos da Mafalda, muito bem conseguida e a do Elviro do Paulo J. Mendes, divertida como o livro e com uma óptima cenografia.
Ainda uma palavra para a questão dos prémios. Já aqui anunciámos os vencedores e não é sobre isso que vamos falar. Apenas uma referência ao facto do júri ter decidido atribuir um Troféu de Honra, o que já não acontecia há alguns anos. A distinção coube a Luís Louro e foi mais do que merecida e por esse motivo, devia ter sido um pouco mais cuidada e tratada de outra forma. Primeiro porque pareceu mal preparada, falaram nos seus 40 anos de carreira que só para o ano se assinalam e segundo porque um prémio desta categoria deveria ter sido entregue por alguém que não o apresentador, como a Directora do Festival ou mesmo o Presidente da Câmara Municipal da Amadora.
Quanto aos autógrafos, desta vez não vamos bater na mesma tecla, achamos que foi o ano em que correu melhor, se bem que não havia informação relativamente ao horário em que se começavam a dispensar senhas e só mesmo os fanáticos do costume (onde nos incluímos) é que acabavam por ter acesso às mesmas.
Por último uma palavra para o mundo dos amigos da banda desenhada, um grupo de malta boa muito boa onda que não pára de crescer. Claro que em todos os lugares há boas e más pessoas, mas o que sentimos no mundo da banda desenhada é que as boas prevalecem. Somos bem acolhidos. Nas filas para os autógrafos, nas visitas às exposições, nas bancas dos editores ou mesmo sentados a descansar, convivemos com os autores e uns com os outros, guardamos lugares nas filas para quem precisa, conversamos, rimos e entendemo-nos pois acima de tudo temos uma paixão comum: a banda desenhada.
No segundo fim de semana tivemos o privilégio de conduzir a conversa com Wilfrid Lupano e Stéphane Fert, a convite da Arte de Autor, e também o gosto de ter conhecido a dupla Ana Miralles e Emílio Ruiz e Mikaël, entre outros grandes autores presentes.
Até para o ano Amadora BD!
Como bem notaram, " Quanto aos autógrafos...não havia informação relativamente ao horário em que se começavam a dispensar senhas e só mesmo os fanáticos do costume (onde nos incluímos) é que acabavam por ter acesso às mesmas.". Exato, o comprador ocasional, ou aquele que não tem tempo nem disponibilidade para madrugar na bicha e voltar umas horas depois fica a arder. Não há solução fácil para isto, mas uma hipótese seria reservar metade das senhas, ou algo assim, para esses compradores, no caso dos autores estrangeiros.
ResponderEliminarA solução seria haver reserva por email ou no site do evento e com direito a uma senha por pessoa, coisa que me parece, não foi controlada. Também fiquei altamente decepcionado por não ter arranjado senha para a Aimée e para o Lehmann.
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