O Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême terminou ontem e voltou a apresentar um balanço anual no que diz respeito ao comportamento do mercado da nona arte em França. Em parceria com a empresa GfK, demonstram resultados que revelam que depois de dois anos de números recordes, houve um ligeiro decréscimo de vendas, resultante da conjuntura atual, mas ainda assim, a banda desenhada respira boa saúde e alcança números superiores a 2019.
Nos resultados de 2023 podemos ver que a paisagem editorial continua com os mangás a ocuparem mais de metade das vendas, apesar de terem descido 4 pontos percentuais, ao contrário da BD para os mais jovens que aumentou 4%.
A publicação de um novo livro de Astérix (em Portugal ASA) e do regresso de Gaston Lagaffe, coloca-os no topo das vendas, mas podemos verificar o fenómeno One Piece (em Portugal Devir) com quatro volumes no Top 10 e Adele (em Portugal Bertrand) com dois.
Quanto aos mangás, surgiram muitas novas séries e a Solo Leveling, que em Portugal está a cargo da Presença Comics ocupa lugar de destaque.
Seria muito importante em Portugal ter também este tipo de estudos para avaliar o mercado, mas infelizmente não temos.
Não acho tão surpreendente assim o reinado do mangá na França (e EUA)...
ResponderEliminaras produções locais literalmente estagnaram.... (salvo algumas exceções... creio) enquanto que o mangá sempre se renova no Japão.
https://www.actuabd.com/Emmanuel-Macron-au-pays-des-J-O-et-des-mangas
Teve uma pessoa que recriminou Macron na época pq não levou BDs pro Japão. Uma pessoa o alfinetou... "se a BD escolheu viver de décadas anteriores, a culpa não é dos japoneses e sim dos franceses. Os jovens veem a BD como 1 coisa de velho...e desinteressante".