A nossa leitura de "O Preço da Desonra", de Hiroshi Hirata - edição A Seita

Algumas críticas e a sinopse, a par do nome do autor, elevaram a fasquia desta obra e foi com essas altas expectativas que iniciámos a leitura deste "O Preço da Desonra", de Hiroshi Hirata, editado pel' A Seita.

Contudo, este mangá não nos encheu as medidas e é com alguma desilusão que escrevemos esta crítica. Apesar do excelente desenho e tema, o livro não nos conseguiu cativar. A obra é composta por sete histórias e todas elas com pontos em comum, a presença de Hanshiro (o cobrador de dívidas) e as notas de dívida emitidas em batalhas, para evitar a morte certa. Esses pontos em comum acabam por tornar o livro um pouco repetitivo. Para além disso, as notas de dívida por vezes passam de mão em mão. Esse facto e as complicadas relações entre diferentes clãs tornam as histórias confusas e às tantas já não estamos a perceber quem é quem e qual das personagens é que tem de honrar e cumprir a sua promessa. Os complicados códigos de honra e glória dos samurais são aqui manchados pela mentira, corrupção, cobardia, hipocrisia e grande violência. Aliás, a violência excessiva de algumas pranchas, foi outra coisa que não gostámos, mas isso, claro, como em tudo, tem a ver com gostos pessoais de leitura.