sábado, 8 de junho de 2024

Novidade: O Inferno de Dante - a adaptação do grande clássico pelos irmãos Brizzi é de leitura obrigatória!



O Inferno de Dante, dos irmãos Gaëtan e Paul Brizzi, uma edição da Seita e da Arte de Autor, foi apresentado no Maia BD. É uma magnífica adaptação do primeiro livro da Divina Comédia de Dante. Com um desenho clássico, num estilo entre a ilustração e a Banda Desenhada, esta adaptação apresenta uma versão clara e compreensível para os leitores modernos de um dos textos fundadores da literatura europeia em língua vernácula.

A edição da Arte de Autor e d’A Seita inclui um extenso caderno de extras, com esboços e estudos de personagens, não publicados na edição normal francesa, e um texto explicativo dos autores sobre o seu método de trabalho, e também uma tiragem especial com uma capa alternativa exclusiva da Wook (segunda imagem)

A sinopse:

A meio do caminho desta vida, encontrei-me numa floresta escura... 

Com estas palavras, inicia-se um dos maiores clássicos da literatura, A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Com uma mestria rara, os irmãos Brizzi recriam uma das obras mais difíceis e complexas da literatura europeia, tornando-a acessível a uma geração inteira de leitores, numa narrativa simultaneamente fascinante e terrível.

A Divina Comédia é frequentemente considerada como a obra fundadora da literatura europeia em língua vernácula, por oposição ao latim que imperava na Idade Média. Obra complexa, poema épico e extraordinariamente sofisticado (e intitulado “comédia” por oposição à “tragédia”, por acabar bem), foi também o culminar de uma certa visão da civilização europeia do mundo, mas também dos “outros mundos”: os mundos divinos, celestiais, mas também os infernais, o Inferno, que constitui o primeiro livro dos três da Comédia, e que formou a sua imagem definitiva na psique europeia até hoje, a de um Inferno dividido em nove círculos, progressivamente mais profundos e cheios de pecadores progressivamente mais amaldiçoados.

Ao longo dos séculos, este Inferno de Dante foi objecto de inúmeros tratamentos visuais, entre os quais podemos citar as maravilhosas ilustrações de Gustave Doré, no século 19, ou mais próximas de nós, as de Dalí ou as que o pintor Lima de Freitas realizou no nosso país, ou mesmo as de Mattotti ou Moebius, dois dos maiores nomes da BD. Os irmãos Brizzi pegaram na longa e rica tradição de ilustração de clássicos, para construírem um livro imponente, que cruza vistas titânicas dos abismos infernais, com pranchas que relatam as emoções à escala humana, constantemente reflectidas na face de Dante, de uma maneira absolutamente surpreendente.

Mas, para além do seu trabalho gráfico inultrapsasável, os irmãos Brizzi realizaram uma notável transcrição do texto medieval, reescrevendo para os leitores modernos a narrativa original sem a trair, e mantendo os seus pontos mais importantes: o gosto pela desmesura, a contínua tensão dramática da narrativa, e o negro e sombras que oprimem as regiões infernais mais profundas.







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