Por vezes os desenhos e os livros mais simples são aqueles que mais se destacam.
"Fialho de Almeida - Um homem sem medo" é um deles e falo dos desenhos de Paulo Monteiro neste pequeno livro (só no número de páginas).
Apresentado também no último Amadora BD, esta é uma edição da Associação Cultural Fialho de Almeida (AFA), que está sediada na vila de Cuba no Alentejo e que pretende ser um meio de promoção, e troca de saberes, em torno da figura ímpar e controversa do Escritor Fialho de Almeida.
Empenhada em divulgar a obra literária e o pensamento de Fialho de Almeida, a AFA tem elaborado anualmente um Plano de Actividades diversificado, contando para tal com o saber e o entusiasmo de um conjunto de investigadores, e outras personalidades da cultura nacional e estrangeira, que optaram em tempo por dedicar um olhar particular sobre a obra do Escritor e a sua importância para a literatura portuguesa dos finais do Século XIX e princípios do Século XX.
José Valentim Fialho d’Almeida nasceu a 7 de Maio de 1857 no Largo da Misericórdia, em Vila de Frades, concelho de Vidigueira, sendo seus pais Valentim Pereira d’Almeida, natural de Oleiros, e Mariana da Conceição Fialho, de Vila de Frades. Ao gosto pela escrita, Fialho d’Almeida junta a gestão da actividade agrícola e as viagens, por exemplo à Galiza. Veio a falecer a 4 de Março de 1911, no regresso de Vila de Frades à sua casa de Cuba, sendo nesta vila que está sepultado, com a família, em jazigo próprio.
Aqui fica também o autógrafo e que agradecemos.
O outro livro de Paulo Monteiro é editado pelas Edições Polvo com o título "O Amor infinito que te tenho e outras histórias". Numa nova edição, ampliada e com capa cartonada, o primeiro livro de banda desenhada de Paulo Monteiro mostra de forma clara e concisa o percurso de maturação de um autor que vive intensamente as histórias que conta e desenha. Com uma narrativa plena de subtileza, reúne um conjunto de histórias curtas efetuadas entre 2005 e 2010 e exibe a diversidade de sentimentos que uma vida pode conter. Já se tornou, com toda a justiça, no livro mais traduzido de sempre da banda desenhada portuguesa. Premiado, entre outros, com o Prémio para Melhor Álbum Português no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, em 2011.
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