A nossa leitura de "Jolly Jumper já não responde"

Este foi o quarto volume da colecção "Lucky Luke visto por...", editado pela A Seita. Depois das homenagens a Morris por Matthieu Bonhomme e Mawil, lemos agora este "Jolly Jumper já não responde", da autoria de Guillaume Bouzard e com um traço cartunesco.

Este autor, mais ligado à BD alternativa francesa, apresenta um álbum divertido e irreverente, recheado de gags. Ao longo da história são vários os elementos icónicos de Lucky Luke que são parodiados. Desde a sua roupa à questão de ter deixado de fumar, desde a sua relação com os irmãos Dalton e outros inimigos até às conversas com o seu cavalo, que pura e simplesmente não acontecem neste álbum. 

Acontece que embora se gozem com todos estes aspectos, a homenagem de Bouzard não falta ao respeito ao criador de Lucky Luke, antes pelo contrário. O humor é inteligente e quem conhece bem as aventuras de Lucky Luke, irá seguramente divertir-se com vários pormenores. Confessamos que gostámos mais da primeira metade do álbum, pois mais para a frente as piadas começam a ter um pouco menos de graça e o facto do cavalo continuar a não falar (que é uma das coisas que mais gostamos nos álbuns originais) começa a irritar e chegámos até a ter uma pontinha de desilusão com o desfecho da história. Mas não vamos revelar mais, pois ainda não acusam de spoiler. O melhor mesmo é lerem, pois vale a pena pelo apurado sentido de humor do autor.

De referir que este álbum foi criado por ocasião do 70.º aniversário da personagem, e foi editado cinco anos depois, agora pelo 75.º aniversário de Lucky Luke!

Eis a história:

Jack Dalton inicia uma greve da fome na prisão, o que faz com que Lucky Luke seja chamado para resolver mais um problema relacionado com os Dalton. Mas essa não é a única situação que o cowboy que dispara mais rápido do que a própria sombra tem de enfrentar. Ele tem de fazer face a uma situação tão inesperada como grave: Jolly Jumper está aborrecido, amuou e deixou de lhe responder. Lucky Luke tenta desesperadamente retomar o diálogo com o seu fiel companheiro.