quarta-feira, 24 de abril de 2024

A nossa leitura do sétimo livro do Corvo - O Despertar dos Esquecidos, de Luís Louro - edição Ala dos Livros

 


Esta não foi uma leitura qualquer. Ansiávamos por este sétimo álbum do Corvo, por vários motivos. 

Primeiro porque há vários meses que Luís Louro nos tinha referido que ia usar, com a devida autorização, uma fotografia da nossa autoria de um mural aparece numa das pranchas. 

Segundo porque tínhamos gostado muito dos últimos volumes anteriores e estamos a gostar cada vez mais da faceta de argumentista do autor. 

Terceiro porque respondemos ao desafio dos 30 anos do Corvo e participámos nesta edição com o envio de fotos (algo embaraçosas) que figuram na galeria das primeiras páginas. 

Quarto porque o tema do título e de capa (a terceira idade) nos empolgou logo. 

Isto já para não falar na excelência das ilustrações, que já é um dado adquirido nas obras de Luís Louro.

Luís Louro não defraudou as nossas expectativas e ofereceu a nós, leitores, como este "O Despertar dos Esquecidos", editado pela Ala dos Livros, um livro que nos fez rir muito, mas que também nos comoveu e nos deixou os olhos marejados de lágrimas. E quando um livro tem a capacidade de provocar em nós estas emoções, é porque estamos perante uma obra fantástica. 

Que bela forma de celebrar os 30 anos do Corvo, esse herói português e de Lisboa, que é alheado da realidade, ingénuo, distraído, ansioso, com tendências depressivas, mas com enorme coração. E às vezes é só preciso ter bom coração para salvar alguém da solidão, da apatia ou da tristeza profunda. Não queremos desvendar muito mais do que podem encontrar nesta leitura, mas uma coisa é certa, desta vez, o Corvo (Vicente) consegue mesmo salvar alguém!

Destacamos uma vez mais a capacidade que o Luís Louro tem de contar histórias, que o tornaram um autor muito mais completo e com muito mais para dar, desde há uns anos a esta parte. Com Watchers, Sentinel, Dante e os volumes anteriores como Inconsciência Tranquila ou O Silêncio dos Indecentes, o autor tem vindo a trilhar um caminho muito interessante de se seguir, conseguindo, através do humor, tocar em temas sérios e muito oportunos, que retratam problemas actuais da nossa sociedade. 

Parabéns Corvo pelos 30 anos e parabéns Luís Louro! Brindemos a um futuro risonho, com leite de chocolate e uma chamuça a acompanhar!







1 comentário:

  1. Inteiramente de acordo com a vossa análise. Nota-se um crescendo contínuo na capacidade de provocar emoções genuinas sem pretensões, de forma serena e tranquila

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