sábado, 2 de dezembro de 2023

A nossa leitura de "O Clube Sad Ghost", de Lize Meddings - edição ASA

 


Começamos por dar a conhecer um pouco mais sobre este livro e a sua autora, uma vez que ainda não tínhamos debruçado sobre "O Clube Sad Ghost" editado pela ASA.

Lize Meddings é a criadora de "O Clube Sad Ghost". Vive em Bristol, trabalha em design de produto e em comics, enquanto tenta sensibilizar o mundo para a saúde mental e as formas com que ela pode afetar o ser humano. Além de autora e ilustradora, envolve-se de forma brilhante com a sua legião de fãs em constante expansão e a sua conta no Instagram (@theofficialsadghostclub) que tem mais de 600.000 seguidores. Este projecto comovente foi inspirado na sua história pessoal e nas suas próprias lutas pela saúde mental. Se quiserem saber mais visitem a página: thesadghostclub.com

Quanto à história, é sobre um desses dias – daqueles tão maus que mal consegues sair da cama, quando é uma luta para saíres de casa, ou dos que gostarias de nunca ter vivido. Mas mesmo os piores dias podem surpreender-te.

Numa festa lotada, um fantasma triste, perdido e sozinho vê outro fantasma triste na outra ponta da sala, e ambos decidem sair juntos. O que acontece a seguir muda tudo. Porque naquela noite eles iniciam o Clube Sad Ghost – uma sociedade secreta para os ansiosos e sozinhos, um clube para todos aqueles que pensam que não têm onde pertencer.

O tema que este livro aborda é da maior importância e pode tornar-se numa grande ajuda para jovens ou pessoas em geral que sejam tímidas e que têm dificuldade de relacionamento. Pessoas com uma fraca autoestima, que por não conseguirem enquadrar-se em grupos, se isolam e sofrem de ansiedade e depressão. A mensagem que passa, para além da confiança é de que ninguém está sozinho e que haverá sempre alguém como nós que nos irá compreender. Acima de tudo, é fundamental pedir ajuda.

Numa época em que assistimos a notícias sobre bullying, problemas de saúde mental e suicídios, em idades mais jovens, este livro pode representar um género de primeiros-socorros psicológicos. 

As personagens estão sempre de rosto e parte do corpo tapados com lençóis, como fantasmas (daí o nome do clube), porque aqui o importante não é saber se é rapaz, rapariga, bonito ou feio, pois qualquer pessoa pode sofrer de problemas mentais.

Tratando um tema pesado, o livro é, ao mesmo tempo, leve, comovente e bonito, apesar de, em alguns momentos, sentirmos um marcar passo um pouco repetitivo.






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