Tínhamos (e continuamos a ter) um carinho enorme e uma profunda admiração pelo José Ruy. E nas trocas de mails que íamos tendo, a par das conversas quando nos encontrávamos pessoalmente, íamos acompanhando o desenvolvimento dos trabalhos que tinha em mãos. Foi o caso deste "O Mistério dos Templários" que foi editado pela Polvo em 2023, quase um ano depois do Mestre partir. Em Dezembro de 2021, já com quase todas as pranchas concluídas, José Ruy partilhou connosco três delas, as quais mostramos abaixo. Faltava-lhe na altura concluir outras três pranchas e iniciar o processo da cor, para poder entregar o livro ao editor Rui Brito.
Foi com uma grande nostalgia que iniciámos a leitura desta obra, que lemos de uma vez só. Não era à toa que o chamávamos de Mestre. Porque para além da sua mestria no desenho, José Ruy fazia muitas pesquisas e estudava muito, para depois poder contar a história de forma simples, mas com rigor, salpicando aqui e ali com o seu humor. E como Mestre era mesmo um bom professor, pois este livro é uma fantástica aula de História sobre o nascimento dos Templários onde se aprende muitíssimo, nem faltando pequenas curiosidades como por exemplo, como começou a associar-se o azar às sextas-feiras 13.
Este foi o último trabalho deixado concluído por José Ruy (realizado entre 2021 e 2022).
A sinopse:
Há muito tempo que a Ordem dos Templários vinha fascinando José Ruy, sobretudo pelo mistério que a envolveu aquando da sua extinção. Durante anos foi reunindo documentação e imaginou um argumento de modo a incluir os factos históricos, mas com qualquer coisa de diferente do que conhecia das várias versões já publicadas em Banda Desenhada.
O enredo de O Mistério dos Templários inicia-se em Portugal no princípio da nossa nacionalidade e acompanha o trajeto dos Cavaleiros do Templo ou Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, como também eram conhecidos, ao longo de todo o seu percurso, da fundação à extinção, mostrando igualmente a criação da Ordem de Cristo e relatando pormenores pouco divulgados.
Simultaneamente monges e soldados, estes cavaleiros do Templo conciliavam na sua forma de vida os ideais da cavalaria medieval e os mais exigentes preceitos de vida monástica.
Sem comentários:
Enviar um comentário