Neste livro, quando Wild Bill cruza o seu caminho com o de uma criança traumatizada e perdida, não imagina até onde esse encontro o levará. Emocionado. o caçador de prémios toma as suas dores e compromete-se a encontrar os homens que massacraram a família da menina. Mortos ou vivos. Nada nem ninguém se pode intrometer entre Bill e as suas presas. Quem tentar fazê-lo, acabará debaixo da terra. Mas o destino é matreiro. Um grão de areia gripou o implacável mecanismo, Calamity Jane.
E é aqui o ponto fulcral. Depois de Calamity Jane, o segundo volume da série apresenta a história de Wild Bill, mais concretamente James Butler Hickok, o caçador de prémios que ficou para a história com o nome de Wild Bill Hickok, uma das muitas personagens do Oeste Americano imortalizadas através do cinema, da televisão ou até de inúmeras novelas. No entanto, após a leitura do livro, ficamos com a sensação que a protagonista continua a ser a mesma. Porque em paralelo à história de Wild Bill, vamos assistindo à história de Martha Cannary (a célebre Calamity Jane) até aos caminhos de ambos se cruzarem. À medida que vamos avançando com a leitura, damos por nós já muito mais interessados no destino de Martha do que na razão que levou o caçador de prémios na sua missão.
Um pouco menos violento do que o primeiro volume, este novo livro dos autores Jacques Lamontagne (desenho e cor) e Thierry Gloris (argumento) continua com uma fasquia de qualidade elevada, tanto ao nível do desenho como do argumento, transportando o leitor para o coração do Oeste Americano, território selvagem, sem fé e sem lei, onde se vive a ferro e fogo.
A última prancha levanta uma ponta do véu do tema que está para vir e ficamos ansiosos por um novo volume.
Sem comentários:
Enviar um comentário