Aproxima-se o Dia Internacional da Mulher (8 de Março) e nada mais oportuno do que recomendar esta leitura. Já tínhamos gostado do livro "Frida Kahlo - Uma biografia" da autora María Hesse, editado pela Suma de Letras e com reedição recente da Iguana. Por isso, quando a Iguana anunciou o lançamento de "Mulheres Más", ficámos logos com elevadas expectativas. Não saímos defraudados.
Em "Mulheres Más" a autora apresenta-nos uma versão muito pessoal e outra visão sobre princesas passivas, bruxas perversas, mães maldosas, mulheres fatais, loucas apaixonadas e personagens secundárias perfeitas. De Madame Bovary a Sarah Connor, de Joana, a Louca, a Yoko Ono ou de Helena de Tróia a Mónica Lewinsky, a autora reivindica a necessidade de encontrar a inspiração para que cada mulher possa ser aquilo que quiser num mundo em constante mudança.
María Hesse desconstrói as opiniões preconcebida que temos sobre muitas figuras femininas e sobre as mulheres em geral. Porque na verdade nos foi ensinada desde sempre uma visão muito masculina sobre como as mulheres deveriam ser. Este livro consegue precisamente dar-nos uma outra visão, questionar e reflectir sobre a injustiça de que as mulheres foram alvo ao longo dos séculos, com julgamentos tendenciosos e estereótipos que nem sempre correspondem ao que as mulheres querem ser. E se desviam desse caminho traçado (não por elas, mas pelos homens), são sempre olhadas de lado e julgadas como "Mulheres Más".
Uma palavra ainda para as ilustrações de todas as mulheres referidas ao longo do livro, todas elas onde a cor é palavra de ordem. Recomendamos vivamente esta obra que não deixa de ser um contributo para o entendimento do que é a igualdade de género.
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