terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Banda Desenhada no romance "Um gato em Tóquio", da Editorial Presença

A Banda Desenhada persegue-nos. Por aqui lê-se muito. Muito mesmo. Banda Desenhada e não só. Pois estávamos nós a meio da leitura deste "Um gato em Tóquio", da Editorial Presença, quando fomos surpreendidos, pois uma parte da história é-nos contada aos quadradinhos. O autor é Nick Bradley e a ilustradora infantil Mariko Aruga é a responsável pelas 22 páginas de BD dentro do livro.

É caso para dizer que quando Maomé não vai a montanha, vai a montanha a Maomé, pois quando nos desviamos da BD, a BD não nos deixa.








Arte de Autor edita Duke 7 e Spaguetti Bros 4, volumes que encerram as duas séries

Com as duas novidades da Arte de Autor que estão prestes a chegar, a editora conclui assim as séries "Duke" e "Spaghetti Bros". Os dois livros chegam às livrarias no dia 2 de Março e estão em pré-venda no site da Arte de Autor.

Havemos de falar de cada com maior detalhe, mas para já são boas notícias a chegada de “Duke 7 – Este mundo não é o meu” de Hermann e Yves H e de “Spaghetti Bros 4 –  volumes 13 a 16”, de Carlos Trillo e Domingo Mandrafina.





segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

"Ice Merchants" vence nos "Annie's Awards"


They did it again! Well done João Gonzalez e Bruno Caetano! 

"Ice Merchants", a curta de animação da dupla portuguesa, soma e segue nos prémios, tendo ganho este fim de semana como melhor curta de animação dos célebres Annie's Awards, os prémios precisamente dedicados ao cinema de animação. O filme vai bem lançado na corrida para os Óscares e por aqui já estamos com nervoso miudinho. Mas nunca mais chega o dia 13 de Março? Todos nós queremos que se "Ice Merchants" seja galardoado nos Óscares, mas se isso não acontecer, tudo o que foi alcançado até aqui já foi uma proeza para a história. Lembramos que podem ver o filme nas salas de cinema portuguesas. São pouco mais de 15 minutos de pura beleza.

Voltando aos Annie's Awards, o grande vencedor foi mesmo o "Pinocchio" de Guillermo del Toro, que arrecadou vários dos prémios, entre eles o melhor filme e melhor realizador.

A nossa leitura de "Hercule Poirot - Drama em três actos" - edição Arte de Autor

 


Gostamos bastante desta colecção da Arte de Autor, com adaptações de obras da Agatha Christie, nomeadamente as que têm a participação do famoso detective Hercule Poirot. Este título mais recente, publicado agora em Fevereiro não foi excepção e dizemos mais. Tínhamos um preferido "No início eram dez...", mas que agora foi destornado por este "Drama em três actos". Sim este passou ao primeiro lugar no top das nossas preferências desta série.

Alberto Zanon e Frédéric Brémaud, que já antes tinham assinado outros dois livros da colecção - "Crime no Campo de Golfe" e "Os crimes do ABC" - voltam em grande, com esta excelente adaptação. Desde a primeira prancha até à última não conseguimos parar de ler. Os autores conseguiram transpor para esta versão em BD todo o suspense e mistério na narrativa, levando o leitor a arder de curiosidade e a não descansar enquanto não descobre qual o/s criminoso/s. São várias personagens, cada uma delas com as suas motivações, ao longo do livro vamos desconfiando de um e de outro, mas sem nunca saber a verdade que só Poirot desvenda no final.

Muito bom este "Drama em três actos" que ainda por cima tem personagens muito interessantes e com cenários a condizer.

Sinopse:

Acto I: O Reverendo Babbington morre durante uma recepção na propriedade do famoso actor Sir Charles Cartwright. 

Acto II: o famoso Doutor Strange morre em casa durante uma refeição com amigos.

Qual a relação entre esses dois casos? É isso que Hercule Poirot e as suas pequenas células cinzentas se perguntam. Se é verdade que assistiu à primeira morte, estava bem longe quando a segunda aconteceu. Será obra de um serial Killer? Quem poderá ser o próximo da lista? Um caso muito estramho, que Poirot terá de resolver antes do final do terceiro acto…







domingo, 26 de fevereiro de 2023

BDs da estante - 518 - "Ardalén", de Miguelanxo Prado - edição ASA

 


Hoje recordamos "Ardalén", uma obra do incrível Miguelanxo Prado, autor que muito admiramos. Esta novela gráfica, ganhou em 2013 o Prémio de Melhor Obra Espanhola no Salão de BD de Barcelona. De recordar que o autor esteve presente em Dezembro na Comic Con Portugal e é um dos nossos autores preferidos.

Se é certo que somos o que recordamos, não é menos verdade que a memória não é um registo objectivo e inalterável. Sabela tenta reconstruir uma história, uma parte da sua história, através das recordações de Fidel, um ancião que vive perdido numa pequena localidade galega. A memória deste, porém, confunde realidade com fantasia, recordações com desejos, habitando um espaço interior cheio de fantasmas, sonhos e ilusões. Por isso recordar não é inócuo. E quem não recorda, não vive! Edição ASA

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Novidade 2022: Sal, a novela gráfica ilustrada por Luís Buchinho editada pela Fundação Cecília Zino

 


Este foi um livro que apenas recentemente tivemos informação da sua edição. A Fundação madeirense Cecília Zino editou em novembro de 2022 “Sal”, uma novela gráfica com ilustrações de Luis Buchinho e argumento original de João Andrade. Uma história de sobrevivência sobre adolescentes e crianças em risco. 

A FCZ - sediada na Ilha da Madeira e fundada em 1961- decidiu editar esta novela gráfica para revelar a importância das equipas de intervenção e como a sua ação é essencial para a segurança dos jovens em situações de risco. Uma percentagem das vendas dos livros reverterá e a favor da construção de uma nova casa de acolhimento no Funchal.

Uma percentagem da venda de cada livro reverterá a favor da construção de uma nova casa de acolhimento no Funchal, sendo o preço do livro recomendado de 24 €.

Aqui fica a capa, duas imagens do interior, a sinopse e alguns dados dos autores, bem como da Fundação Cecília Zino.

A sinopse:

A Sal tem 14 anos e vive com os pais na Ilha da Madeira. O ambiente familiar negligente obriga o tribunal a retirá-la para uma casa de acolhimento temporário. Sal inicia, nesta nova casa, um longo e doloroso processo de crescimento pessoal.

Os autores:

João Andrade é o autor do texto e baseou o argumento ficcional em testemunhos recolhidos, ao longo do seu percurso profissional, em diversas instituições de apoio a jovens em risco. São histórias e situações decorridas em casas de acolhimento que espelham o quotidiano destas instituições. 

Para Luis Buchinho, o projeto surgiu a partir de um convite da Fundação, no âmbito da sua atividade artística. Se o design de moda é a sua profissão, a BD é uma paixão de infância, que ganhou novo fôlego graças ao tempo livre durante a pandemia. 


A Fundação:

A Fundação Cecília Zino foi constituída em 1961 como Instituição Particular de Solidariedade Social. Da vontade de Cecília Zino, surge um hospital pediátrico, que após a abertura do Hospital Central do Funchal, é transformado em casa de acolhimento residencial de jovens, cumprindo o seu papel até a presente data. 





Novidade infantil: "O pequeno robot de madeira e a princesa de lenha" - edição Fábula

 


Como têm visto, o Juvebêdê tem também dedicado de vez em quando à divulgação de livros de BD e ilustração para os mais novos. A Fábula acabou de editar um maravilhoso livro infantil sobre a força do amor entre irmãos, a solidariedade e a perseverança. Tom Gauld, um autor talentoso e premiado, conseguiu criar um conto de fadas intemporal, moderno e clássico ao mesmo tempo. Com personagens inesquecíveis, conta uma história cheia de coragem, magia e fantasia.

Aclamada pela crítica, esta obra de Tom Gauld recebeu o prémio de Melhor livro ilustrado por: New York Times, Financial Times, Booklist. Seleção White Ravens.

A sinopse:

Num reino distante, há muito que o rei e a rainha desejavam ser pais. Então, com a ajuda de uma inventora habilidosa e de uma bruxa sábia, receberam com alegria não um, mas dois filhos: um pequeno robot de madeira e uma princesa feita de um toro de lenha.  Os dois irmãos eram muito amigos e viviam felizes no castelo. Até que, um dia, a princesa desaparece e o seu irmão vai lançar-se numa aventura para a trazer de volta a casa. Mas ele próprio vai ficar em grande perigo.

Haverá forma de voltarem para junto dos seus pais?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Novas leituras: hoje na volta do correio... três bons autores portugueses e um brasileiro!

 



Hoje a nossa caixa de correio estava bem cheia com dois envelopes que continham quatro promessas de bons livros, ou não falássemos de Artur Correia, Marcello Quintanilha, Joana Afonso e os manos Duarte e Henrique Gandum 

A editora Polvo com três livros de que já aqui falámos, mas ainda não tínhamos lido e ainda a versão definitiva de "Congo - Um Mundo Esquecido - vol. 1 - Edição definitiva", dos manos Gandum, numa edição da Mudnag, que incluía um excelente autógrafo. Obrigado!

Em breve voltaremos com as nossas leituras destes quatro livros.


Especial 25 anos! - Um presente muito especial


Já vos mostrámos muitos desenhos e manifestações de parabéns que recebemos pelos nossos 25 anos. Mas ainda não tínhamos dado a conhecer esta maravilha. Inesperadamente recebemos este quadro, um presente muito especial de um amigo do Juvebêdê, o Sr. Pedro Alexandrino. Foi feito com muita habilidade e com uma grande dose de amizade. Muito obrigado!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

A opinião de Miguel Cruz sobre: "Thorgal Saga - Adieu Aaricia - t.1", de Recht e "Nympheas Noires", de Duval e Cassegrain



Adieu Aaricia

Já, quer aqui, quer na revista, tinha falado sobre a série Thorgal e sobre os seus spin-Offs. Também já tinha declarado ser um fã de primeira hora da série original, que conta mais de 20 tomos de grande qualidade que permitiram construir um universo consistente e excecionalmente bem imaginado. 

A editora Lombard acaba de fazer sair um primeiro tomo de uma nova série que foi designada por Thorgal Saga. Em bom português chama-se fazer render o peixe.

Esta nova série/saga não constitui uma ideia inovadora, pois o seu objetivo, à semelhança do que foi feito, por exemplo com Spirou, é o de convidar diferentes autores para apresentar um álbum, uma história possível, do Universo Thorgal. Cada autor assume, assim, a função de skald (uma espécie de bardo, poeta ou contador de histórias escandinavo).

Apesar do “olhar de través” que este tipo de exploração do sucesso nos deve merecer, não há dúvida de que esta BD, primeiro tomo da Thorgal Saga, merece a nossa atenção, na conjugação da qualidade do argumento, e da excelência do desenho.  

Robin Recht assume a responsabilidade de autor completo para esta primeira narrativa, e fá-lo, na minha opinião, com sucesso. Em tempos desenhador de Conan le Cimmérien e do Terceiro Testamento, o desenho de Recht tem provas dadas de qualidade no domínio do fantástico e da Heroic Fantasy. O seu desenho é bom, mantém fidelidade aos cânones da série original, reproduz fielmente, mas com naturalidade, rostos e expressões, captura o essencial de emoção e intensidade que fizeram o sucesso da série. O conjunto é muito agradável.

Quanto ao argumento, a ideia é boa, bem executada, com q.b. de fantástico, e constitui uma entrada forte numa nova série que facilmente poderia constituir um falhanço. E, no entanto, a sua premissa base é das mais arriscadas: uma viagem no tempo. Um Thorgal idoso não consegue ultrapassar a morte da sua amada Aaricia. Aproveitando a situação, a pérfida serpente Nidhogg (que vive em Niflheim, o mundo inferior nórdico) propõe a Thorgal o anel de Ouroboros para voltar atrás no tempo, o que aquele irresponsavelmente aceita (apesar de já se ter encontrado com a serpente noutras aventuras e a experiência não ter sido a melhor…não aprende, o rapaz!), sem se aperceber (ou querer aperceber) das consequências da sua decisão. Não deixa de ser engraçado ver um Thorgal idoso a confrontar um Thorgal jovem com a sua impetuosidade…

As personagens que bem conhecemos, nomeadamente Thorgal, Aaricia, o seu pai e o seu irmão, são muito bem retratados. As personagens novas são introduzidas com critério. O conjunto da história é muito interessante para quem é um fã do universo Thorgal. E é isso, uma leitura agradável, um bom albúm, mas não posso deixar de referir a minha opinião de que já não há muito a acrescentar à saga de Thorgal. 




Nympheas Noires

Uma adaptação com caráter literário, de uma obra literária de Michel Bussi. Após ter lido a adaptação em BD investiguei o autor adaptado, e confesso a minha vontade de ler a versão original. Esta boa indicação da qualidade da adaptação – o que, como sabemos, nem sempre é bem conseguido – fica já como ponto de partida deste comentário.

A base da história é a investigação de um estranho assassinato ocorrido em Giverny – sim, o bem conhecido refúgio de Claude Monet, hoje destino turístico dos amantes das obras impressionistas em geral e do trabalho de Monet em particular. O título Nymphéas Noires é traduzível para português como Nenúfares Negros.

Um possível quadro de Monet com Nenúfares de cor negra, realizado perto da data da sua morte, constitui, efetivamente, um indício na investigação em curso, conduzida, pelo menos parcialmente, por um inspetor que comete o erro de se apaixonar por uma professora que é suspeita de ter sido amante do assassinado. Como o seu principal suspeito era o marido da professora e o motivo ciúmes, compreenderão, com facilidade, porque razão teve de se afastar e a investigação ficou perturbada.

Há três personagens femininos que acompanhamos ao longo da BD, e que sabemos que serão centrais no desenrolar da história (mas não sabemos como). Uma primeira, idosa, que é má. Uma segunda, a referida professora, mentirosa. Uma terceira, uma miúda de 11 anos com jeito para a pintura, egoísta.
A primeira é, no essencial, a narradora da história, e por ela temos antecipado outros graves acontecimentos, incluindo uma outra morte. Qual o papel de cada uma destas três mulheres, e das suas relações pessoais, das invejas e ciúmes que geram, no caminho para o crime? Qual a relação deste assassinato com um outro de um miúdo, no mesmo local, cerca de 15 anos antes? Qual a relevância de um concurso de pintura relativo a Monet, que tem como prémio uma bolsa para estudar no estrangeiro, para o desenrolar desta história?

Toda a teia de relações entre personagens e acontecimentos acaba por ser revelada, de forma surpreendente mas credível, com um argumento que provoca o leitor, mas que o mantém no escuro durante a grande maioria da obra. O responsável pelo argumento é Fred Duval, autor de já muitas obras publicadas e de quem, recentemente, tivemos a série Nevada publicada em Portugal.

O desenho, de Cassegrain, é elegante, e a composição das páginas, mesmo as mais violentas, é feita como se tratasse de uma sequência de cartas postais, de cores ténues e agradáveis, de Giverny, com um traço que, por vezes me recorda Miguelanxo Prado. Editado pela Dupuis.




Este ano não vai haver World Press Cartoon

Segundo comunicado da organização do World Press Cartoon divulgado nas redes sociais, este ano não haverá concurso nem exposição. Já se temia este triste desfecho e já aqui tínhamos falado nas dificuldades que os responsáveis do WRC tinham pela frente. Como é possível não existir nenhuma Camara Municipal que não tenha um apoio para este que é o maior e mais importantes prémios na área do Cartoon a nível mundial? De facto estamos surpreendidos e tristes com este desfecho. Aqui fica a imagem do cartoon do ultimo vencedor do Grande Prémio de 2022, o argentino Matías.

Transcrevemos aqui o comunicado, fazendo votos que em 2024 este importante evento possa regressar:

Como é do conhecimento público, uma inesperada decisão do nosso patrocinador principal dos últimos seis anos deixou a Direcção do World Press Cartoon sem meios de lançar no Outono, como é tradição, o apelo à participação para o concurso do ano seguinte. 

Lamentavelmente, chegados à época do ano em que tradicionalmente se reúne o nosso júri internacional, resta-nos constatar que não há condições financeiras de suporte que nos permitam realizar o salão no ano em curso, dentro dos padrões de rigor e qualidade que sempre caracterizaram o World Press Cartoon. Será portanto, desde 2005, a segunda vez que a comunidade mundial dos cartoonistas não conta com este ponto de encontro anual e privilegiado.

Acreditamos que a história do World Press Cartoon é garante do empenhamento da organização na defesa dos valores que partilhamos em torno da liberdade de imprensa e da promoção do cartoon como género indispensável num jornalismo de referência. 

Agradecemos o apoio de todos os cartoonistas que nos têm contactado, com palavras de encorajamento que nos sensibilizam e dão força para continuar.      

Há alguns anos atrás, após participar como membro do júri do World Press Cartoon, o brilhante cartoonista Adam Korpak escreveu: «Eu diria que cartoonistas com habilidade e talento têm o poder das pequenas gotas de água que, pela sua acção persistente, acabam por vencer as pedras mais duras.» É com este espírito e a mesma persistência que prometemos voltar com o World Press Cartoon em 2024.




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Leilão: Tintin com mais um recorde para recordar

 


Um recorde para recordar

Após a recente celebração dos 80 anos da criação, por Hergé (1907-1983), da personagem simpática e particularmente dura de ouvido do Professor Tournesol (Girassol nalgumas versões, ou Calculus em Inglês), que apareceu pela primeira vez numa aventura de 1943 - O Tesouro de Rackham, o Terrível;

Nesta altura em que se aproxima a data em que se assinalam os 40 anos do desaparecimento de Hergé - será no dia 3 de março - falecido aos 75 anos (deixando uma história de Tintin incompleta), e marcada por uma das maiores homenagens de que há memória para um autor de Banda Desenhada;

Não deixa de ser curioso assinalar que, no dia 10 de Fevereiro passado - e já aqui havíamos dado nota do leilão - foi licitado por 2.158.400€ um desenho realizado por Hergé para a capa da reedição de Tintin na América.

Realizada em 1942 em tinta da China, esta capa foi usada em 1946 para a edição a cores da BD.

O leilão da Artcurial tinha uma estimativa de entre 2,2 e 3,2 milhões de euros, tendo o valor ficado ligeiramente abaixo, não deixando este de ser um valor impressionante, até tendo em atenção que este desenho já tinha sido anteriormente licitado, em 2008 por 764 mil euros e em 2012 por mais de 1,3 milhões de euros. Não está nada mal como valorização…

Miguel Cruz




A nossa leitura de "De coração para coração", um livro inspirador de Dalai Lama e Patrick McDonnell - edição Albatroz



A parceria para a concretização deste livro fez-nos lembrar o título do filme francês "Amigos improváveis, porque nos pareceu improvável juntar um texto escrito pelo Dalai Lama com desenhos de Patrick McDonnell, conhecido como o autor das tiras humorísticas "Mutts". Mas verdade é que esta obra conjunta "De coração para coração" resultou num belíssimo livro de ilustrações, que constitui uma grande reflexão e um grande alerta sobre a Natureza, sobre o nosso planeta e sobre tudo o que a humanidade está a fazer para o destruir. Uma coisa é certa, as palavras sábias do Dalai Lama casam-se na perfeição com os desenhos simples e ternurentos de McDonnell. 

Gostámos bastante deste livro que pode ser lido por pequenos e crescidos ou uma leitura conjunta em família. Porque todos temos muito que aprender e muito a corrigir em termos de comportamentos no que toca à preservação ambiental. Talvez devemos começar por apreciarmos o que a natureza nos oferece todos os dias e darmos valor ao que é realmente importante. Que este "De coração para coração" toque o coração de cada um de nós e mude um pouco as consciências e nos faça aceitar o desafio que Dalai Lama nos lança, de fazer parte de uma revolução compassiva. Ele lembra-nos que somos todos membros de uma única família que partilha uma pequena casa chamada Terra.

A edição portuguesa é da responsabilidade da Editora Albatroz.

Sinopse:

À residência de Dalai Lama em Dharamsala, na Índia, chega um visitante especial. Sua Santidade interrompe a meditação matinal para cumprimentar um transtornado Panda Gigante, que viajara muitos quilómetros para este encontro. Recebendo-o como um amigo, Sua Santidade convida-o para um passeio pela floresta e fala-lhe da importância da bondade e da compaixão para com a Natureza pois dela depende a nossa sobrevivência.








terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Especial 25 anos! - Os parabéns de Bernardo Majer

 



Como sabem, o Juvebêdê celebrou 25 anos em Abril do ano passado. Como ainda não completámos mais uma volta ao Sol, estamos ainda em tempo de celebrar um aniversário tão especial. Durante várias semanas publicámos os parabéns que nos foram endereçados por vários desenhadores nacionais e estrangeiros. Faltava-nos mostrar este que recebemos em Outubro, por ocasião do Amadora BD e de onde o autor saiu vencedor com o prémio de Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português. Falamos de Bernardo Majer e do álbum "Estes Dias", da editora Polvo. No desenho que nos fez, podemos ver personagens do livro. Obrigado Bernardo!




A nossa leitura de "Mulheres Más", de María Hesse - edição Iguana


Aproxima-se o Dia Internacional da Mulher (8 de Março) e nada mais oportuno do que recomendar esta leitura. Já tínhamos gostado do livro "Frida Kahlo - Uma biografia" da autora María Hesse, editado pela Suma de Letras e com reedição recente da Iguana. Por isso, quando a Iguana anunciou o lançamento de "Mulheres Más", ficámos logos com elevadas expectativas. Não saímos defraudados.

Em "Mulheres Más" a autora apresenta-nos uma versão muito pessoal e outra visão sobre princesas passivas, bruxas perversas, mães maldosas, mulheres fatais, loucas apaixonadas e personagens secundárias perfeitas. De Madame Bovary a Sarah Connor, de Joana, a Louca, a Yoko Ono ou de Helena de Tróia a Mónica Lewinsky, a autora reivindica a necessidade de encontrar a inspiração para que cada mulher possa ser aquilo que quiser num mundo em constante mudança. 

María Hesse desconstrói as opiniões preconcebida que temos sobre muitas figuras femininas e sobre as mulheres em geral. Porque na verdade nos foi ensinada desde sempre uma visão muito masculina sobre como as mulheres deveriam ser. Este livro consegue precisamente dar-nos uma outra visão, questionar e reflectir sobre a injustiça de que as mulheres foram alvo ao longo dos séculos, com julgamentos tendenciosos e estereótipos que nem sempre correspondem ao que as mulheres querem ser. E se desviam desse caminho traçado (não por elas, mas pelos homens), são sempre olhadas de lado e julgadas como "Mulheres Más".

Uma palavra ainda para as ilustrações de todas as mulheres referidas ao longo do livro, todas elas onde a cor é palavra de ordem. Recomendamos vivamente esta obra que não deixa de ser um contributo para o entendimento do que é a igualdade de género.






segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Banda Desenhada é o tema deste ano do Festival de Chocolate de Óbidos, que abre a 10 de Março

A 19ª edição do Festival Internacional de Chocolate de Óbidos decorrerá entre 10 e 26 de Março (de sexta a domingo) e o tema deste ano é a Banda Desenhada.

Ao longo dos dias do Festival, a Banda Desenhada ganha vida em chocolate e sob este tema, o chef Abner Ivan e a sua equipa técnica do festival vão criar várias esculturas que representam algumas das mais icónicas personagens dos livros de quadradinhos. Não faltarão animação e dinâmica da ilustração, unidas à mestria dos grandes chefs chocolateiros. A junção destes mundos, resultará em trabalhos e apresentações em chocolate que irão deslumbrar os visitantes.

Desde 1929, a investigar casos policiais, o jovem repórter Tintin e o seu fiel Milu, vão transformar-se em versões tridimensionais de chocolate. Directamente dos mais altos prédios de Nova Iorque para o Castelo de Óbidos, vai também estar presente o Homem-Aranha pronto para lutar contra os vilões. Vinda do Brasil, de personalidade forte, sensibilidade apurada e relembrando o melhor da infância, chega também uma doce versão da Mónica. Estarão ainda presentes, os gauleses Astérix e Obélix, Tom & Jerry, Lucky Luke, e ainda o Pateta.

Novidade: Termina a série manga "Crueler than dead" com o volume 2/2 - edição Gradiva

 


Eis outra série manga que termina com este segundo volume, "Crueler than dead - 2/2", editada pela Gradiva e da autoria do japonês Tsukasa Saimura. Como já tínhamos escrito sobre o primeiro volume, o livro tem um desenho forte e bem expressivo, com destaque para as imagens maiores.

É pois uma boa aposta ganha pela Gradiva nesta área do manga.

A sinopse

Depois de escapar de Paraíso, Maki e Shota conseguem alcançar o Tokyo Dome, um dos últimos lugares que restaram antes do surto de zombies que assombra agora o mundo.

Maki, que transporta consigo as últimas doses da vacina, é absorvida pela estrutura dominante da cúpula, onde uns poucos privilegiados vivem no luxo, enquanto os restantes têm de sobreviver em condições terríveis. Shota e Miura são lançados no quotidiano dos que sobrevivem, longe dos privilégios. Uma vida dura a todos os níveis. Miura é destacado para uma equipa de trabalho e Shota torna-se amigo do líder de um bando de crianças que o ajuda a encontrar o seu pai... Quase nada do que se vê por ali traz esperança. Talvez haja uma réstia de luz, mas só a custo poderá brilhar. O passado, esse, parece trazer apenas escuridão.




domingo, 19 de fevereiro de 2023

Novidade: Alix 41 - "La Reine des Amazones" - Casterman

 


A editora Casterman acaba de lançar para o mercado francófono o álbum n.º 41 da série Alix, personagem criado por Jacques Martin. Este volume conta com a participação de Valérie Mangin (argumento) e Chrys Millien (desenho).

Neste história, convidado a visitar a Macedónia por um velho amigo, Alix participa numa corrida de bigas. No final de um duelo épico, vence à frente de Délia, uma corredora considerada como uma lenda local. Esta última, "Rainha das Amazonas", criou no seu domínio, longe da cidade, uma comunidade de mulheres livres da presença dos homens. Na cidade, uma série de desaparecimentos começa a preocupar a população e o governador romano. Quando Enak desaparece, Alix sai para encontrá-lo. Será que Délia e suas amazonas poderão ter algo a ver com isso?