Quem diz que a BD é uma coisa de crianças, por um lado não conhece de todo o que é a Banda Desenhada e nunca leu "Lydie". Bolas, que livro tão intenso, emotivo, triste e bonito ao mesmo tempo. A fantástica dupla Zidrou e Jordi Lafebre nunca desilude.
A história é de uma mãe, Camile, que perdeu a sua bebé à nascença. Depois do choque e tristeza profunda, a forma que Camile encontra de sobreviver ao desgosto é fingir que Lydie existe. E a partir desse momento, Lydie faz parte da vida familiar, da vida dos vizinhos, dos amigos, da vida de toda a comunidade que alinha em fingir que Lydie está ali, de saúde e a crescer.
Apesar de triste, este livro ensina-nos muito sobre bondade e empatia, sobre a capacidade que temos de nos pormos no lugar do outro e aliviarmos o seu sofrimento. Desde os mais pequeninos aos mais velhos, todos podemos e devemos praticar a bondade.
Um destaque para o narrador, no mínimo original, pois trata-se da estátua de Nossa Senhora do filho perdido, figura que faz parte também da comunidade.
Sobre os desenhos, bonitos como sempre, tal como Lafebre já nos habituou.
Excelente livro editado em parceria pela Arte de Autor e A Seita.
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