quarta-feira, 15 de novembro de 2023

A Seita lançou o mangá "O Preço da Desonra", de Hiroshi Hirata



Uma das novidades que A Seita apresentou no Amadora BD foi este mangá "O Preço da Desonra", de Hiroshi Hirata, que integra a sus colecção Ikigai, dedicada a este género. "O Preço da Desonra: Kubidai Hikiukenin" foi publicado originalmente de 1971 a 1973, e é pela primeira vez publicado em Portugal numa edição definitiva que reúne todas as histórias clássicas de Hanshiro, um ronin cobrador de dívidas. 

A Seita anunciou ainda mais três títulos de mangá e sobre os quais falaremos oportunamente.

A sinopse:

A promessa firmada com uma nota de dívida implica pôr a vida em jogo. Quem não cumpre a promessa, comete um acto sem perdão. Japão, período Edo. Os clãs e os seus líderes disputam território e guerreiam por poder. No calor da batalha, guerreiros samurais evitam a morte a troco de quantias de dinheiro exorbitantes pagas aos seus executores.

Ao longo de sete histórias, observamos Hanshiro, o implacável cobrador de dívidas, exigir que cumpram as suas promessas. Com um desenho magistral, Hirata mostra-nos como a glória e honra associadas aos códigos samurais caem por terra, revelando-se a corrupção, mentira e hipocrisia. Assim como Akira Kurosawa imortalizou as histórias de samurais no cinema, Hirata deu-lhes realismo e grandeza no mangá.

Sobre o autor:

Hiroshi Hirata  nasceu em 1937, na cidade de Tóquio, Japão, e desde muito cedo se interessou pelo mundo dos mangás. Aos 21 anos publicou a sua primeira história no género histórico jidaigeki, na revista Mazo. Começou assim uma longa carreira em que se celebrou como um dos grandes mestres do estilo gekigá (dramas realistas e históricos), com histórias centradas nos samurais e o rígido código de honra que norteia as suas vidas, o bushido. Alcançou grande notoriedade com a série Satsuma Gishiden, com um estilo comparável ao de outros mestres como Sanpei Shirato em Kamui-Den e Goseki Kojima em Lobo Solitário. 

Para além do reconhecimento que obteve como mangaká, Hirata era um calígrafo de grande renome, tendo criado a caligrafia do título do mangá “Akira”.

Admirado por figuras como Yukio Mishima e Jodorowsky, a sua obra acabaria por se tornar um dos expoentes do gekigá e influenciar gerações posteriores. Faleceu em 2021, aos 84 anos de idade.





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