sexta-feira, 17 de junho de 2022

A opinião de Miguel Cruz sobre a mais recente novidade de Michel Vaillant: Cannonball - Volume 11, de Lapière, Bourgne e Marin


Cannonball

A nova série (nova época será mais apropriado) de Michel Vaillant acaba de chegar ao seu décimo-primeiro tomo. Depois de Pikes Peak, temos Cannonball. Os autores desta nova série já nos fizeram algumas visitas, quer a Beja, quer à Amadora, sendo que a edição portuguesa tem sido fiel ao encontro.

Para este novo tomo, de registar o regresso de Marc Bourgne. Sendo apreciador do traço deste autor, saúdo este positivo regresso. No entanto, não temos Benjamin Bénéteau, o que é uma pena, pois este simpático jovem é particularmente dotado para o desenho das viaturas de corrida. Junta-se ainda Olivier Marin, que sabemos dono de um traço detalhado no desenho de viaturas clássicas (Os Inquéritos Auto de Margot ou as aventuras de Michelle). Denis Lapière, que esteve presente em Beja continua com a responsabilidade do argumento.

Regressam também a esta série referências muito explícitas a elementos que fizeram o sucesso da série original. Depois de “uma visita” a Steve Warson no tomo anterior, continuamos nos Estados Unidos, sendo que neste caso um milionário youtuber apresenta uma proposta de corrida em estrada, entre Nova York e Los Angeles. 

Michel Vaillant aceita então participar na Cannonball, uma corrida “vale tudo menos tirar olhos” motivado não pelo dinheiro (agora!) mas pelo desafio e prestígio para a marca, sendo também, como sabemos de Pikes Peak, Françoise, a Diretora Geral, particularmente entusiasta de novos modelos. Para o efeito usa precisamente  um novo modelo (podemos ver na capa) MontlHenry.

E pronto, as peripécias, sabotagens e tentativas de destruição da marca Vaillant são a base da história, ao longo de todo o percurso. Lembram-se do comandante do avião em que Natacha era hospedeira de bordo e que a cada desafio dizia “eu já vi isto”? Pois é um bocadinho assim aqui, apesar de que as tentativas de sabotagem apresentam franca modernização e inovação. 

A história lê-se com agrado, a narrativa é construída com pés e cabeça, o desenho é muito bom para este tipo de aventuras, as cores são excelentes, os “bólides” são notáveis.

Para quem gosta de aventuras de automobilismo, para quem é seguidor habitual da série, trata-se de um novo tomo que vale a pena ler. É mais uma aposta de sucesso da editora Graton, que vai procurando renovar continuamente a saga do simpático e jovem piloto nascido em 1957.



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