Não podemos deixar de falar duma pessoa que foi muito importante ao longo da vida do nosso projecto Juvebêdê. Conhecemos o Geraldes Lino (1936-2019) no final dos anos 80, muito antes de imaginarmos o Juvebêdê. Organizámos um concurso para jovens e entre as várias áreas, havia a Banda Desenhada e o Geraldes Lino foi um dos elementos do júri. Criámos uma relação muito simpática (era impossível não ser amigo dele) e voltámos a ver-nos com mais frequência, uns anos depois, nos primeiros passos da nossa publicação, em eventos como o Amadora BD, o Salão de Banda Desenhada de Lisboa, na Bedeteca de Lisboa e outros. Aprovou a nossa iniciativa, deu-nos sempre ânimo para prosseguir, partilhou conhecimentos, conselhos preciosos e apresentou-nos a vários autores e outras pessoas do meio da nona arte. A sua generosidade é reconhecida por todos os que o conheceram, tão grande como o seu amor pela Banda Desenhada e pelos seus queridos fanzines.
Estaremos para sempre agradecidos pela sua colaboração e foi ele que nos ensinou que o Juvebêdê era um fanzine. Dizia-nos ele: "Se esta publicação tem uma periodicidade irregular, se é feita por amadores entusiastas, então trata-se de um fanzine. O vosso, é um fanzine em forma de revista".
Publicamos estes tesourinhos. O primeiro deles, muito nos orgulha. A primeira fotografia do Geraldes Lino com barba, tirada por nós em 2013, numa exposição das Sardinhas, da Egeac. Ele gostou tanto que pediu para passar a usá-la. A verdade é que a foto acabou por ser tão usada, que acompanhou quase todas as notícias da sua morte.
Mostramos aqui outras imagens, como a sua presença na nossa exposição dos 20 anos, em 1998 a ler atentamente a nossa publicação n.º 6 e na última foto, numa cerimónia do Amadora BD, Geraldes Lino tem na fila da frente José Garcês e José Ruy.
Partiu em 2019 deixando um enorme legado e muitas saudades.
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