Quando vimos este livro numa livraria, despertou-nos primeiro a curiosidade e a atenção pela ilustração da capa, depois pelo seu autor e o que nos levou a abrir o livro editado pela Porto Editora e tentar perceber do que se tratava. A autoria do livro é de Adolfo Luxúria Canibal (pseudónimo de Adolfo Morais de Macedo e mais conhecido por ser vocalista do grupo de Rock "Mão Morta") com interessantes ilustrações de José Carlos Costa.
A história que nos é contada é de Crespos, que há exactamente trinta e quatro anos, seis meses e sete dias, todas as tardes, entre as catorze e as quinze horas, se senta na mesma cadeira à mesma mesa da velha Brasileira. Até que, certo dia, algo muda, e a vida na cidade nunca mais será a mesma... O Crespos é uma oportuna reflexão sobre a invisibilidade e a solidão na sociedade contemporânea, respondendo com o desassombro característico de Adolfo Luxúria Canibal a uma questão premente: o que fica de nós, quando já cá não estivermos?
Esta é a prova que uma boa capa nos pode despertar a atenção para um bom livro e uma boa história!
O autor:
Adolfo Luxúria Canibal é o pseudónimo de Adolfo Morais de Macedo. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, foi advogado e é consultor jurídico. Fundador do grupo rock Mão Morta, de que é vocalista e letrista, criou espetáculos de "spoken word", em nome próprio ou como Estilhaços, e integrou o coletivo de música eletrónica "Mécanosphère". Tem ainda mais de três dezenas de discos editados, e outros tantos como convidado de artistas nacionais e estrangeiros, na qualidade de vocalista ou letrista, isto para além de pelo menos dois livros editados.
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