sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Prémios: estão selecionados os cinco finalistas do "Prémio de BD Fnac France Inter" e o vencedor é conhecido a 5 de Janeiro 2023!

 


Continuando na senda dos balanços do ano, vale a pena dar nota de que, em relação ao prémio de BD da Fnac France, foram selecionados os 5 finalistas de uma longa lista já aqui divulgada há algumas semanas. Aqui ficam as 5 BD's por ordem alfabética, com a editora entre parênteses e as suas capas:

1) Journal inquiet d’Istanbul – Tomo 1 - de Ersin Karabulut (Dargaud)

2) Petit frère, Le - de Jean-Louis Tripp (Casterman)

3) Pizzlys, Les - de Jérémie Moreau (Delcourt)

4) Nettoyage à sec - de Joris Mertens (Rue de Sèvres)

5) Perpendiculaire au soleil - de Valentine Cuny-le-Callet (Delcourt)

A atribuição destes prémios é sempre importante para editoras e autores, mas o que gostaria de destacar é que, se olharmos para os diversos e principais prémios que estão em atribuição ou que concluíram recentemente, há um limitado conjunto de BD's que surgem com muito frequência, o que implica uma avaliação consistente de qualidade que importa destacar. 

Na lista acima, há três títulos de presença quase permanente nestas nomeações, curiosamente todos eles objeto de opinião publicada aqui, e cujas capas se apresentam. No caso do prémio FNAC France, a seleção destes 5 títulos foi da responsabilidade de um júri de 30 membros “grande público”.

O vencedor do grande prémio será anunciado no dia 5 de janeiro de 2023, após seleção por parte de um júri de diversas personalidades, jornalistas e livreiros FNAC.

“Perpendiculaire au Soleil”, um dos nomeados, que indiquei, é um livro duro, mas muito “engagé” e de leitura compulsiva, como verdadeiro documentário, que resulta da correspondência estabelecida entre a autora Valentine Cuny-Le Callet e um americano condenado à morte, de seu nome Renaldo McGrith. 

A conclusão central é simples e direta: ninguém deve ser condenado à morte. E essa conclusão é tratada através de uma narrativa que não procura discutir a culpabilidade do condenado, mas sim apresentar o ser humano. Graficamente, a BD é entusiasmante, num estilo realista e com diversas gravuras muito bem elaboradas num estilo realista, simples e perfeccionista. Maioritariamente a preto e branco, este é um excelente documentário ao longo de mais de 400 pranchas. Editado pela Delcourt, esta BD é excelente mas, reconheça-se, pelo estilo e pela temática, não será para todos. 

Miguel Cruz








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