Prémio Orange
Voltemos aos prémios e concursos!
Em França, a Fundação Orange e o Centro Nacional do Livro, atribuem um prémio monetário de 5000 euros para premiar e dar destaque, segundo o anunciado, a talentos emergentes que não tenham ainda uma forte notoriedade.
Escolhido por um júri profissional, os seis selecionados são:
- Yann Damezin – «Majnoun et Leïli», Ed. Boîte à bulles
- Sara del Giudice - «Derrière le rideau», Ed. Dargaud
- Cécile Dupuis et Valérian Guillaume - «L’ombre des pins», Ed. Rivages
- Joris Mertens - «Nettoyage à sec», Ed. Rue de Sèvres
- Neyef - «Hoka Hey», Ed. Rue de Sèvres
- Fred Paronuzzi et Vincent Djinda - «De sel et de sang», Ed. Arènes BD
O vencedor será anunciado a 14 de junho, sendo que dos seis selecionados, já aqui comentei os dois editados pela Rue de Sévres e aproveito a oportunidade para comentar brevemente o outro que conheço da lista: Majnoun e Leïli: Chants d’Outre-Tombe.
Majnoun e Leïli são as personagens centrais de uma história tradicional oriental. Majnoun quer dizer “o louco de amor”. A história é simples: Majnoun, ou melhor, Qaïs, é um poeta apaixonado por Leïli, que lhe retribui o amor, mas que se vê impedida pelo seu pai de casar com o seu amado porque este recitou poesia sobre o seu amor publicamente, desonrando a família da noiva!
Majnoun transforma-se num maltrapilho e o pai de Leïli organiza o seu casamento com um homem “respeitável”. Um valente drama, portanto.
Yann Dazemin apresenta-nos uma BD que pretende ser um poema de relato e celebração deste amor. É uma obra bonita, cada página constitui uma explosão de cores e imagens orientais, com textos narrativos por cima e por baixo das imagens. Poético, sensível, romântico, trágico.
Miguel Cruz
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