Depois da belíssima adaptação de "Um conto de Natal" de Charles Dickens, a editora Arte de Autor volta a apostar numa obra de José-Luís Munuera, desta vez a adaptação do conto epónimo de Herman Melville, "Bartleby - O escriturário".
José-Luis Munuera pegou no conto de Herman Melville e adaptou-o lançando um olhar original sobre este texto, uma reflexão estimulante sobre a obediência e a resistência passiva. Estamos expectantes para ler esta obra, tendo em conta que gostámos bastante dos desenhos dele e da originalidade da sua adaptação do conto de Dickens.
Nova Iorque,
distrito de Wall Street.
Um jovem é contratado para um escritório de notário. O seu nome é Bartleby e o seu trabalho consiste em copiar documentos legais. No início, Bartleby revela-se irrepreensível. Consciente, eficiente, incansável, faz um trabalho colossal, dia e noite, sem nunca se queixar. A sua energia é contagiante. Leva os seus colegas, muitas vezes rebeldes, a darem o seu melhor. Um dia, tudo se altera. Quando o patrão lhe dá um trabalho, Bartleby recusa-se a fazê-lo. Educadamente, mas com firmeza: “Prefiro não o fazer", responde. A partir de então, Bartleby deixará de obedecer a ordens, cingindo-se nestas poucas palavras que pronuncia como um mantra. Prefiro não. Não só deixa de trabalhar, como se recusa a abandonar o local...
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