quarta-feira, 14 de junho de 2023

A nossa leitura de "O Árabe do Futuro 5", de Riad Sattouf - edição Teorema

 



Esperávamos com expectativa o quinto volume da série "O Árabe do Futuro". Desta vez para acompanhar o pequeno Riad já na sua juventude, entre 1992 e 1994. 

Temos acompanhado a série desde o seu início, vivenciando todas as dores de crescimento e todos os dramas familiares que o autor viveu e que no conta, através da Banda Desenhada. 

Em 2015, quando o primeiro volume ganhou o Prémio de Melhor Álbum no Festival de Angoulême, deu-se o caso de termos estado lá e assistido à cerimónia e reconhecimento do trabalho do autor. Desde esse momento que desejávamos ler a sua história em português e é o que temos vindo a fazer. 

Já estivemos com o autor na sua infância dividida entre a França e a Síria, e assistimos a todas as suas dúvidas existenciais, aos choques culturais, à violência que sofreu (mais psicológica do que física) com a difícil família paterna. Já o seguimos de regresso a França, às suas dificuldades de adaptação, sentindo-se sempre um estrangeiro em qualquer um dos países. Assistimos também à separação dos seus pais e ao grande drama que acontece no final do quarto livro. 

Agora, que a história se aproxima do final, o quinto livro continua a deixar-nos em suspense, com questões muito sérias ainda não resolvidas. E mais não adiantamos para que não nos acusem deste texto conter spoilers. Embora tenhamos ficado a sentir que continua a faltar a resolução de um grande problema e estejamos a torcer para que no final tudo se resolva (que venha rápido o volume seis, por favor), não demos o tempo como perdido, pois este livro leva-nos a viajar até aos anos 90, à fase de adolescência, às paixões próprias da idade, músicas, modas da época.

Continuamos fãs da série e é com alguma ansiedade que aguardamos pelo próximo, que encerra a história.




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